quinta-feira, junho 30, 2005

Metanóia

Olhos lacrimejantes, sol nascendo, vindo, indo...
Nuvens escuras, vem chuva, águas de salvação.
O menino corre engolindo os pingos, feliz da vida!
E os telhados choram, a vida chora.

Bocas secas, lua cheia, aproximando-se, chegando...
A força da luz, mais que a angústia, que a ilusão.
Como a própria esperança, o próximo caminho
É real... até a lua desnudar-se, dar-se a mim.

Ouvidos surdos. O som das flores abrindo-se é insignificante.
Como sentir o mundo então? Sem música, não há sentimentos.
É primavera. Eu... espero renascer, à espera da sintonia perfeita, magra.

Ninguém menospreze um sem-coragem. Ele vive, ele muda.
Enquanto há sol, enquanto chove e a lua cheia dança com a primavera
Há metamorfoses, há metanóia, há estações, há quatro vidas. Mas um silêncio antes.
27-12-04

Loucura Urbana

"O cheio-vazio é a contradição que, imposta à nossa vista e à nossa consciência a todo momento, convida a enlouquecer. A intimidade como nunca admitida - nas praias, por exemplo - e a distância como nunca afirmada: todos os contatos e nenhum contato real; um calor intenso e ao mesmo tempo a presença do frio: o afeto suprimido."
Luciano Zajdsznajder

segunda-feira, junho 27, 2005

Inicio hoje meu mestrado

Daqui a dez minutos, voltarei a sentar em uma carteira de sala de aula. Depois de dois anos parado, iniciarei o curso de mestrado em missiologia na escola do Centro Evangélicos de Missões. É uma nova fase; que seja uma abençoada fase. Estou bem animado.
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena". Fernando Pessoa

domingo, junho 26, 2005

Domingo. E eu lendo Dostoiévski...

"Será possível que eu seja apenas uma criança? Será que não compreendo que sou um homem perdido? Mas... por que não poderei então ressuscitar? Sim! Bastará, uma vez em minha vida, ser prudente, paciente e... só isso! Bastaria, só uma vez, ter caráter e, em uma hora, posso mudar inteiramente meu destino. O essencial é o caráter."
O Jogador, página 237 (Fiódor Dostoiévski).

quinta-feira, junho 23, 2005

Caminheiro


E quando, em passos de lua, sigo,
Tamanha alegria a soar;
Entre lágrimas do distante estar contigo,
Sai o riso comigo a cantar.

Perfilando estas estradas de terra,
O caminheiro sucede a pensar:
- Quanto de mim ainda é preciso
Para este vasto mundo atravessar?

Muito mais, muito mais.
- É preciso entregar-se, chorar?
Quanto de minhas lágrimas o céu satisfaz?
Muito mais, meu caro, muito mais;
Mais ainda a amar.

Escrita em 26 de junho de 2003.

Que sejamos bem-vindos!

Finalmente, criei um blog para mim. Relutei em fazê-lo devido a falta de tempo que tenho para acessar a internet. Mas, meio que por acaso, visitei o blog da ABU/Missão 2006 e, de repente, fiquei interessado em criar o meu espaço (que necessariamente deve ser de todos também).

Por isso, cá estou: querendo escrever o que penso, o que sinto e o que sonho.

Espero que tudo isso seja muito divertido e edificante.

Sejamos todos bem-vindos!

Um abraço!