Sábado, sol forte, certezas firmes.
Não me intimidarei com as forças contrárias.
É preciso desconstruir para construir. Morrer para finalmente viver. Sair para entrar. Perceber-se só para encontrar a Presença.
Mais um dia, mais um mês chega. E o que nos resta?
Acreditar na plenitude que virá, na força que toma conta de nós, na utopia que se realiza no tempo real, concreto e magnífico.
Que venha o domingo, então!
sábado, julho 30, 2005
sexta-feira, julho 22, 2005
Seco Pranto
Sendo eu dor firme,
Ouço o vento, gritando
Ao luar.
Palmeiras vindo,
Ao encontro de ti eu iria.
Tempestade em mim,
A ti saber, calmaria.
Sofrimento lânguido.
Tua sombra se apagando,
Que apaga meu olhar,
Meu coração, meu pranto.
Seco pranto.
Lissânder Dias (escrita em 19 de novembro de 2000)
Ouço o vento, gritando
Ao luar.
Palmeiras vindo,
Ao encontro de ti eu iria.
Tempestade em mim,
A ti saber, calmaria.
Sofrimento lânguido.
Tua sombra se apagando,
Que apaga meu olhar,
Meu coração, meu pranto.
Seco pranto.
Lissânder Dias (escrita em 19 de novembro de 2000)
Semanas e Domingos
A água conversava
Na mão de surdos limos.
E depois se alongava,
Casada com os jacintos.
Não há dentro da alma
Semanas e domingos,
Que não possamos, calmos,
Fruir. Sou rio contigo.
Carlos Nejar
Na mão de surdos limos.
E depois se alongava,
Casada com os jacintos.
Não há dentro da alma
Semanas e domingos,
Que não possamos, calmos,
Fruir. Sou rio contigo.
Carlos Nejar
A Morte da Morte
Morte:
Mórbida irreplicável, inevitável fato;
Teu silêncio paralisa tudo, recalcitra a vida;
Muda, és angustiante; imobilidade profunda.
Quando vens, a dor parece interminável;
Tu alcanças a profundeza do ser humano:
A vontade de permanecer.
És sarcástica, traiçoeira quando queres;
Vens de surpresa e dominas todos;
Escárnio do mal contra o homem.
Mas não és invencível; na verdade, és perdedora.
Tentaste ir além do que podias;
Tentaste vencer o Autor da vida.
Não conseguiste.
Ele conheceu a ti, sentiu a dor com a qual castigas a humanidade;
Viveu teu silêncio e ouviu teu escárnio.
Tua força o fez fraco, mas não para sempre.
Teu tempo não o aprisionou;
Tua alegria durou somente três dias - nada mais!
Alguém voltou a respirar.
E teu silêncio foi quebrado;
Não por um grito estridente, mas por um suspiro divino.
Ele abriu os olhos, por força própria.
Tu? Não tinhas mais força alguma.
Levantou-se;
Tu? Imóvel em tua insignificância.
Foi-se do sepulcro - a prisão que deste a ele.
Tu? Agora estás aprisionada pela vida.
Ele, venceu a ti. E reviveu.
Tu, ó morte? Agora é quem estás morta.
Inerte ao teu próprio silêncio.
Lissânder Dias
Mórbida irreplicável, inevitável fato;
Teu silêncio paralisa tudo, recalcitra a vida;
Muda, és angustiante; imobilidade profunda.
Quando vens, a dor parece interminável;
Tu alcanças a profundeza do ser humano:
A vontade de permanecer.
És sarcástica, traiçoeira quando queres;
Vens de surpresa e dominas todos;
Escárnio do mal contra o homem.
Mas não és invencível; na verdade, és perdedora.
Tentaste ir além do que podias;
Tentaste vencer o Autor da vida.
Não conseguiste.
Ele conheceu a ti, sentiu a dor com a qual castigas a humanidade;
Viveu teu silêncio e ouviu teu escárnio.
Tua força o fez fraco, mas não para sempre.
Teu tempo não o aprisionou;
Tua alegria durou somente três dias - nada mais!
Alguém voltou a respirar.
E teu silêncio foi quebrado;
Não por um grito estridente, mas por um suspiro divino.
Ele abriu os olhos, por força própria.
Tu? Não tinhas mais força alguma.
Levantou-se;
Tu? Imóvel em tua insignificância.
Foi-se do sepulcro - a prisão que deste a ele.
Tu? Agora estás aprisionada pela vida.
Ele, venceu a ti. E reviveu.
Tu, ó morte? Agora é quem estás morta.
Inerte ao teu próprio silêncio.
Lissânder Dias
Entende o que quero dizer?
"Todas as coisas se mantém unidas pela relação, imagem com imagem, movimento com movimento. Sem isso, não haveria relação e, portanto, não existiria verdade. Cabe a nós - especialmente a você e a mim - assumir o poder da relação. Entende o que quero dizer?"
Henry Lee (citado por Eugene Peterson, no livro "Trovão Inverso", p 21).
Henry Lee (citado por Eugene Peterson, no livro "Trovão Inverso", p 21).
segunda-feira, julho 18, 2005
Correr Atrás do Vento
O tempo corre, o mundo passa
Um sonho vinga, outro sonho jaz
O vento dita a velocidade
Mesmo cansado, eu sigo atrás
Não somos filhos do louco tempo
Nós somos filhos da Eterna Paz
Correr a vida é muito pouco
Sem pressa, o mundo é muito mais
Arar a terra com lindos sonhos
Prenhar o chão, plantar ideais
Sem Cristo, a vida com o tempo seca
Sem verde, a vida é correr atrás.
Carlinhos Veiga (Album "Menino", 1999)
Um sonho vinga, outro sonho jaz
O vento dita a velocidade
Mesmo cansado, eu sigo atrás
Não somos filhos do louco tempo
Nós somos filhos da Eterna Paz
Correr a vida é muito pouco
Sem pressa, o mundo é muito mais
Arar a terra com lindos sonhos
Prenhar o chão, plantar ideais
Sem Cristo, a vida com o tempo seca
Sem verde, a vida é correr atrás.
Carlinhos Veiga (Album "Menino", 1999)
segunda-feira, julho 11, 2005
domingo, julho 10, 2005
Quero continuar
Frio, domingo estranho. Quimeras pertubam-me. As vozes são diversas, e gritam.
Quem aplacará a fúria da realidade?
De onde vem o socorro?
É difícil acreditar. As mentiras são tantas, as máscaras são coloridas e o prazer parece realmente deus.
Mas digo que quero c0ntinuar. Não quero me convencer de que a mediocridade é a solução. Quero coragem para enfrentar o mal (o de dentro e o de fora).
Quero esperança para "continuar andando na verdade".
Quero fé para continuar acreditando que minha caminhada não é em vão.
Quero Tu, ó Pai. Somente Tu.
Porque sem Ti, ó Senhor, não passo de um pecador.
Quem aplacará a fúria da realidade?
De onde vem o socorro?
É difícil acreditar. As mentiras são tantas, as máscaras são coloridas e o prazer parece realmente deus.
Mas digo que quero c0ntinuar. Não quero me convencer de que a mediocridade é a solução. Quero coragem para enfrentar o mal (o de dentro e o de fora).
Quero esperança para "continuar andando na verdade".
Quero fé para continuar acreditando que minha caminhada não é em vão.
Quero Tu, ó Pai. Somente Tu.
Porque sem Ti, ó Senhor, não passo de um pecador.
Um pequeno desabafo
A sociedade atual é movida pelo dinheiro, não pela Verdade. Ninguém quer andar. Somos todos preguiçosos, não queremos nos esforçar. Queremos sim o caminho mais fácil, que exija menos da nossa medíocre identidade.O que devemos fazer? Apenas observar com a indiferença costumeira? O que nos impede de começar a viver? O que nos impede de continuar? Por que não somos apaixonados pela Verdade? Por que preferimos acreditar na ilusão, na utopia e nas máscaras que nos cercam?
É preciso tomar posição. Queremos continuar andando na verdade. Queremos ser fiéis.
Verdade: sentido de todas as coisas, realidade nua e crua, código e compreensão de como a vida funciona e de qual é o seu verdadeiro rosto. É encontrar-se com a Origem, com o Criador, com o Alfa, com a Fonte da Vida.
É preciso tomar posição. Queremos continuar andando na verdade. Queremos ser fiéis.
Verdade: sentido de todas as coisas, realidade nua e crua, código e compreensão de como a vida funciona e de qual é o seu verdadeiro rosto. É encontrar-se com a Origem, com o Criador, com o Alfa, com a Fonte da Vida.
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humanidade
Espera
"Um velho pecador é um temível e assustador espetáculo”. W. Tozer
Friagem, o mar obscuro da solidão
Guarda-se e, adormecido, fingi-se mar;
Pela poeira da estrada, segue-me o coração,
A esperar por um gesto, sorriso, olhar.
Porém, sozinho, não sou um só.
Aguardo-me sê-lo, sem tristeza,
Pela pureza perseguida, pela beleza;
Por sentir o medo dos raios de sol.
Coração meu, não espere por nada!
Meu universo ainda está confuso.
Das pedras que me maltratam, risadas;
Do futuro que me espera, absurdo.
De todos que me esperam, tu és o mais fiel;
De todas as minhas lágrimas, espero a redenção,
Mesmo que da espera, infindável réu,
Venha poesia, insônia, solidão.
De todos que me suportam, tu és o mais paciente,
Porque parece que me conheces há tempos;
E na confusão do que sou, vou ou dou,
Não esperas nada de mim, a não ser que eu espere em ti.
07, setembro, 2004.
Friagem, o mar obscuro da solidão
Guarda-se e, adormecido, fingi-se mar;
Pela poeira da estrada, segue-me o coração,
A esperar por um gesto, sorriso, olhar.
Porém, sozinho, não sou um só.
Aguardo-me sê-lo, sem tristeza,
Pela pureza perseguida, pela beleza;
Por sentir o medo dos raios de sol.
Coração meu, não espere por nada!
Meu universo ainda está confuso.
Das pedras que me maltratam, risadas;
Do futuro que me espera, absurdo.
De todos que me esperam, tu és o mais fiel;
De todas as minhas lágrimas, espero a redenção,
Mesmo que da espera, infindável réu,
Venha poesia, insônia, solidão.
De todos que me suportam, tu és o mais paciente,
Porque parece que me conheces há tempos;
E na confusão do que sou, vou ou dou,
Não esperas nada de mim, a não ser que eu espere em ti.
07, setembro, 2004.
quarta-feira, julho 06, 2005
Vale a pena ser forte?
Estou meditando sobre o conceito de "forte". Por que todos queremos ser fortes? Por que não descobrimos a beleza na fraqueza? Os fortes são mais verdadeiros que os fracos?
Sei que parece loucura falar disso em um mundo capitalista, onde a lógica é a supremacia dos fortes sobre os fracos. Assim funciona a engrenagem do sistema atual.
Mas quero pensar se vale a pena mostrar-se forte, se este é o caminho certo para a redescoberta da humanização.
É interessante pensar que nossa visão metafísica também é influenciada por esta "lógica". Em nossas mentes o raciocínio certo é: "Deus é forte e, portanto, só os fortes o merecem, apenas os perfeitos podem alcançá-lo".
Quero dizer em alto e bom som que o Deus verdadeiro amou (e ama) os fracos, porque todos são fracos. O Deus verdadeiro se fez fraco para transformar a fraqueza humana em força. O Deus verdadeiro, na pessoa de Cristo, é a divindade aproximada, sofredora, desarmada, mas que em momento algum perdeu sua soberania e poder. E através desse despojamento, Deus revelou que o caminho está livre para os fracos, os problemáticos, os inseguros, os covardes, os incompetentes, os confusos, os viciados, os fracassados ...
Convido todos nós para tirarmos nossas máscaras de fortes e mostrarmos nossas verdadeiras faces. Talvez, assim, descubramos quem realmente somos.
Um abraço!
Sei que parece loucura falar disso em um mundo capitalista, onde a lógica é a supremacia dos fortes sobre os fracos. Assim funciona a engrenagem do sistema atual.
Mas quero pensar se vale a pena mostrar-se forte, se este é o caminho certo para a redescoberta da humanização.
É interessante pensar que nossa visão metafísica também é influenciada por esta "lógica". Em nossas mentes o raciocínio certo é: "Deus é forte e, portanto, só os fortes o merecem, apenas os perfeitos podem alcançá-lo".
Quero dizer em alto e bom som que o Deus verdadeiro amou (e ama) os fracos, porque todos são fracos. O Deus verdadeiro se fez fraco para transformar a fraqueza humana em força. O Deus verdadeiro, na pessoa de Cristo, é a divindade aproximada, sofredora, desarmada, mas que em momento algum perdeu sua soberania e poder. E através desse despojamento, Deus revelou que o caminho está livre para os fracos, os problemáticos, os inseguros, os covardes, os incompetentes, os confusos, os viciados, os fracassados ...
Convido todos nós para tirarmos nossas máscaras de fortes e mostrarmos nossas verdadeiras faces. Talvez, assim, descubramos quem realmente somos.
Um abraço!
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sábado, julho 02, 2005
Beleza e Verdade
"A thing of beaty is a joy forever. Truth is Beauty and Beauty is Truth ":
"Tudo que é belo é uma alegria para sempre. A Verdade é a Beleza e a Beleza é a Verdade".
Keats, poeta inglês.
"Tudo que é belo é uma alegria para sempre. A Verdade é a Beleza e a Beleza é a Verdade".
Keats, poeta inglês.
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