terça-feira, março 28, 2006

Carta a um amigo do peito

Prezado amigo,

Acho que um dos maiores prejuízos quando pecamos (além, é claro, da quebra de comunhão com Deus), é a visão distorcida sobre quem somos e sobre o potencial que Deus nos deu. Tenho percebido isso em minha vida.

Quanto mais eu peco, tenho menos clareza sobre a noção do que sou (identidade) e do que Deus quer que eu seja (vocação). Aí então fico pensando que não sou capaz, que estou enganando as pessoas, que estou no caminho errado...

Para mim, a única solução para isso é desfrutar profundamente da graça de Deus. Ela é o único combustível para caminharmos. Sem ela, fica tudo sem sentido: a caminhada é longa demais, o cansaço é muito grande e os problemas são bem mais numerosos que as soluções.

Uma coisa eu sei: pela fé, Deus me ama e quer que eu descubra toda a riqueza que ele me deu. Às vezes, essa riqueza está na minha fraqueza; às vezes, na minha sinceridade; às vezes, na capacidade de começar tudo de novo.. e etc.

Por tudo isso, vale a pena continuar.

Que Deus nos oriente.

Em Cristo,

Lissânder

quinta-feira, março 09, 2006

Maldade

A relação entre a maldade e a bondade é estranha porque, como são antitéticas, deveriam se anular mutuamente, como matéria e anti-matéria, o que tornaria a existência uma impossibilidade.

Entretanto, a maldade tornou-se dependente da bondade.

Para, quem quer que seja, cometer maldade é preciso existir, desejar, decidir e implementar. Tanto existir como desejar, decidir e implementar são coisas boas em si. Para praticar a maldade é preciso lançar mäo de atributos da bondade e subvertê-los.

Não se pode falar de equilíbrio, porque este exige que o fiel da balança se mantenha no meio, o que determina que não haja encontro entre os opostos. Encontro soma ou provoca mútua anulação.

Algo necessariamente exógeno interferiu e alterou a relação entre elementos antitéticos por definição.

Ariovaldo Ramos (retirado do seu blog pessoal)
http://ariovaldoramos.zip.net/index.html

quinta-feira, março 02, 2006

Frase legal

"O conhecimento não liberta o homem, apenas aumenta seu poder - um poder que pode ser usado para o bem ou para o mal. Nesse ponto, sou um pessimista: o futuro da humanidade será igual a seu passado, só que com mais conhecimento."

John Gray (citado na revista Ultimato, nº299)

www.ultimato.com.br