“Qualquer que em meu nome receber uma destas crianças, a mim me recebe; e qualquer que me recebe a mim, recebe não a mim, mas àquele que me enviou.” Mc 9.37
Segundo Lucas, Jesus Cristo nasceu em uma manjedoura porque não havia lugar para ele nas estalagens. O Deus que acolhe não foi acolhido. O mesmo se repete hoje, nos lares de nossa sociedade individualista.
A mensagem principal do Deus-menino está sendo engolida nos corações humanos, a contra-gotas, pela mensagem mesquinha do deus-mercado. Saiba, há grandes diferenças entre ambas.
A mensagem do Deus-menino diz que a verdade é uma pessoa, que a verdade é libertadora e acolhedora, e que, ao confrontar-se com ela, o ser humano compreende que ele vale mais pelo que é do que pelo que consome.
A mensagem do deus-mercado prega que tudo é aceitável, desde que gere lucro financeiro. Ela diz que o ser humano vale mais pelo que consome do que pelo que realmente é. A "verdade" (lê-se "satisfação") está escondida em alguma bela roupa ou em um novo modelo automobilístico.
Entre uma mensagem e outra, há um abismo imenso. Não dá pra reconciliar a duas. Uma se opõe à outra. Enquanto a mensagem do Deus-menino nos propõe vida eterna e abundante, alegria baseada no amor, a mensagem do deus-mercado ensina que o importante é viver o aqui e agora e que os fins justificam os meios.
Ao contrário do que muitos pensam, não devemos ignorar a importância do dia 25 de dezembro. Ele é uma bela oportunidade (talvez a maior) para colocarmos essas duas propostas de vida em confronto direto.
Qual a nossa expectativa para este Natal? Firmar nossa identidade para o próximo ano na quantidade de coisas que compramos? Ou fortalecer quem somos na mensagem do Deus que acolhe?
Qual realmente é a nossa proposta de vida? Que diferença faz acreditarmos em um Deus que se fez carne e a habitou entre nós? Como isso transforma nossa liberdade de escolha?
Que o verdadeiro Espírito (com letra maiúscula) do Natal molde o nosso espírito e renove a nossa mente para o ano que chega.
domingo, dezembro 24, 2006
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Nossa realidade
Um quarto da riqueza do país ficou concentrada em apenas dez municípios em 2004, diz IBGE
A geração de riquezas do país ainda é fortemente concentrada em poucos municípios, segundo revelam os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos 5.560 municípios brasileiros de 2004 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Do total do PIB brasileiro de 2004, 25% ficou concentrado em apenas dez municípios. Em 1999, esta fatia correspondia ao PIB de sete municípios.
O instituto também apurou a continuidade da perda de peso de capitais no PIB do país, cedendo lugar aos municípios menores em termos populacionais.
De 2003 para 2004, o município de Macaé (RJ) entrou no ranking, ocupando a oitava posição. Sua entrada foi impulsionada pela indústria de petróleo local, que além de ter registrado alta de preço do produto no período, gerou mais riquezas com a valorização dos equipamentos ligados ao segmento.
Em compensação, Porto Alegre deixou a lista das dez maiores economias municipais e passou a ocupar o 13º lugar.
O ranking, em ordem decrescente, é composto por São Paulo, Rio, Brasília, Manaus, Belo Horizonte, Campos dos Goytacazes (RJ), Curitiba, Macaé (RJ), Guarulhos (SP) e Duque de Caxias (RJ). São Paulo respondeu por 9,09% do PIB do país, enquanto o Rio detinha 4,19%.
Já os cinco municípios com menor PIB em 2004 foram São Félix do Tocantins (TO), Santo Antônio dos Milagres (PI), São Miguel da Baixa Grande (PI), Ipueiras (TO) e Oliveira de Fátima (TO). Juntos, eles representavam somente 0,001% do PIB brasileiro.
A pesquisa, no entanto, mostra que 52,8% do PIB do país em 2004 estava fora do entorno dos centros urbanos, percentual maior ao apurado no ano anterior, de 49,4%. No Sudeste, o dinamismo econômico fora dos centros está relacionado à extração de petróleo e à agroindústria
Na região Sul, a economia fora dos centros urbanos foi puxada pelas indústrias automotiva e de fertilizantes, pelo porto de Paranaguá e ainda pela indústria têxtil do Vale do Itajaí. O dinamismo da economia nordestina está ligado aos serviços e à agropecuária.
No Norte, o destaque fora dos centros urbanos ficou para a indústria de minérios.
(Ana Paula Grabois Valor Online)
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Comentário: E a desigualdade econômica persiste, forte como o sol brasileiro.
A geração de riquezas do país ainda é fortemente concentrada em poucos municípios, segundo revelam os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos 5.560 municípios brasileiros de 2004 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Do total do PIB brasileiro de 2004, 25% ficou concentrado em apenas dez municípios. Em 1999, esta fatia correspondia ao PIB de sete municípios.
O instituto também apurou a continuidade da perda de peso de capitais no PIB do país, cedendo lugar aos municípios menores em termos populacionais.
De 2003 para 2004, o município de Macaé (RJ) entrou no ranking, ocupando a oitava posição. Sua entrada foi impulsionada pela indústria de petróleo local, que além de ter registrado alta de preço do produto no período, gerou mais riquezas com a valorização dos equipamentos ligados ao segmento.
Em compensação, Porto Alegre deixou a lista das dez maiores economias municipais e passou a ocupar o 13º lugar.
O ranking, em ordem decrescente, é composto por São Paulo, Rio, Brasília, Manaus, Belo Horizonte, Campos dos Goytacazes (RJ), Curitiba, Macaé (RJ), Guarulhos (SP) e Duque de Caxias (RJ). São Paulo respondeu por 9,09% do PIB do país, enquanto o Rio detinha 4,19%.
Já os cinco municípios com menor PIB em 2004 foram São Félix do Tocantins (TO), Santo Antônio dos Milagres (PI), São Miguel da Baixa Grande (PI), Ipueiras (TO) e Oliveira de Fátima (TO). Juntos, eles representavam somente 0,001% do PIB brasileiro.
A pesquisa, no entanto, mostra que 52,8% do PIB do país em 2004 estava fora do entorno dos centros urbanos, percentual maior ao apurado no ano anterior, de 49,4%. No Sudeste, o dinamismo econômico fora dos centros está relacionado à extração de petróleo e à agroindústria
Na região Sul, a economia fora dos centros urbanos foi puxada pelas indústrias automotiva e de fertilizantes, pelo porto de Paranaguá e ainda pela indústria têxtil do Vale do Itajaí. O dinamismo da economia nordestina está ligado aos serviços e à agropecuária.
No Norte, o destaque fora dos centros urbanos ficou para a indústria de minérios.
(Ana Paula Grabois Valor Online)
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Comentário: E a desigualdade econômica persiste, forte como o sol brasileiro.
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quarta-feira, dezembro 06, 2006
Como dividimos o bolo
Quase metade da riqueza do mundo está concentrada com 1% da população
SÃO PAULO - Para sair da metade da população mundial que representa os mais pobres do planeta, é necessário um patrimônio líquido de aproximadamente US$ 2.200,00 por adulto na família.
A informação consta em estudo da Universidade das Nações Unidas, órgão da ONU, que foi divulgado nesta terça-feira (05).
De acordo com o levantamento, cerca de 40% de toda a riqueza global está concentrada nas mãos de 1% das pessoas consideradas ricas no planeta. Na outra ponta, a metade mais pobre da população mundial é dona de 1% da riqueza.
O estudo leva em consideração os principais componentes do local, como ativos e passivos financeiros, terra, prédios e outras propriedades, envolvendo todos os países do mundo.
Segundo o levantamento, em 2000, um casal precisava de um patrimônio de US$ 1 milhão para estar entre o 1% de mais ricos do mundo, grupo que reúne 37 milhões de pessoas.
Apesar de que os países da América do Norte só possuem 6% da população adulta mundial, 34% da riqueza está concentrada na região. Em seguida, aparecem Europa e as nações mais desenvolvidas da Ásia e Pacífico, onde a população, junto com a América do Norte, soma 90% do total da riqueza global.
Por outro lado, a riqueza dos habitantes da África, China, Índia e outros países com menos investimentos da Ásia é consideravelmente menor na comparação com o tamanho da população.
*******
A ideologia do mundo é egoísta. O coração do mundo é seco. Por mais que haja ações solidárias, estes dados mostram que ainda é preciso haver uma grande transformação em nossa sociedade. Quando olhamos para Cristo e a maneira como viveu neste mundo, percebemos o contra-senso de como vivemos em nosso mundo hoje.
SÃO PAULO - Para sair da metade da população mundial que representa os mais pobres do planeta, é necessário um patrimônio líquido de aproximadamente US$ 2.200,00 por adulto na família.
A informação consta em estudo da Universidade das Nações Unidas, órgão da ONU, que foi divulgado nesta terça-feira (05).
De acordo com o levantamento, cerca de 40% de toda a riqueza global está concentrada nas mãos de 1% das pessoas consideradas ricas no planeta. Na outra ponta, a metade mais pobre da população mundial é dona de 1% da riqueza.
O estudo leva em consideração os principais componentes do local, como ativos e passivos financeiros, terra, prédios e outras propriedades, envolvendo todos os países do mundo.
Segundo o levantamento, em 2000, um casal precisava de um patrimônio de US$ 1 milhão para estar entre o 1% de mais ricos do mundo, grupo que reúne 37 milhões de pessoas.
Apesar de que os países da América do Norte só possuem 6% da população adulta mundial, 34% da riqueza está concentrada na região. Em seguida, aparecem Europa e as nações mais desenvolvidas da Ásia e Pacífico, onde a população, junto com a América do Norte, soma 90% do total da riqueza global.
Por outro lado, a riqueza dos habitantes da África, China, Índia e outros países com menos investimentos da Ásia é consideravelmente menor na comparação com o tamanho da população.
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A ideologia do mundo é egoísta. O coração do mundo é seco. Por mais que haja ações solidárias, estes dados mostram que ainda é preciso haver uma grande transformação em nossa sociedade. Quando olhamos para Cristo e a maneira como viveu neste mundo, percebemos o contra-senso de como vivemos em nosso mundo hoje.
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Ouvindo a América Latina
Estou desde o dia 04, na Colômbia (cidade de Paipa). Participo de um encontro latino-americano sobre infância e igreja.
Tem sido muito interessante ouvir os irmãos e irmãs de outros países da América Latina. Eles têm muito o que nos ensinar, especialmente em como viver o evangelho diante dos problemas que nosso continente enfrenta hoje. Eles estão fazendo uma teologia muito mais concreta para o nosso dia-a-dia do que nós, brasileiros. Aliás, nós somos muito distantes deles (talvez, por um certo preconceito ou orgulho).
Muitas igrejas da América Latina enfrentam poderes opressores em seus países, violência cometidas por verdadeiros governos paralelos (o que chamados de "governo paralelo" no Brasil nem se compara!), pobreza extrema e abuso contra crianças e adolescentes em risco. E ao contrário de muitos pentecostais do Brasil (e tradicionais também), os daqui são muito mais ativos, articulados politicamente e conscientes da realidade.
Precisamos nos aproximar de nossos "hermanos", ouvir suas histórias, aprender com eles e renovar nossa espiritualidade olhando para a deles. Precisamos sair de nosso "berço esplêndido", que de esplêndido não tem nada.
Tem sido muito interessante ouvir os irmãos e irmãs de outros países da América Latina. Eles têm muito o que nos ensinar, especialmente em como viver o evangelho diante dos problemas que nosso continente enfrenta hoje. Eles estão fazendo uma teologia muito mais concreta para o nosso dia-a-dia do que nós, brasileiros. Aliás, nós somos muito distantes deles (talvez, por um certo preconceito ou orgulho).
Muitas igrejas da América Latina enfrentam poderes opressores em seus países, violência cometidas por verdadeiros governos paralelos (o que chamados de "governo paralelo" no Brasil nem se compara!), pobreza extrema e abuso contra crianças e adolescentes em risco. E ao contrário de muitos pentecostais do Brasil (e tradicionais também), os daqui são muito mais ativos, articulados politicamente e conscientes da realidade.
Precisamos nos aproximar de nossos "hermanos", ouvir suas histórias, aprender com eles e renovar nossa espiritualidade olhando para a deles. Precisamos sair de nosso "berço esplêndido", que de esplêndido não tem nada.
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