A geração de riquezas do país ainda é fortemente concentrada em poucos municípios, segundo revelam os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos 5.560 municípios brasileiros de 2004 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Do total do PIB brasileiro de 2004, 25% ficou concentrado em apenas dez municípios. Em 1999, esta fatia correspondia ao PIB de sete municípios.
O instituto também apurou a continuidade da perda de peso de capitais no PIB do país, cedendo lugar aos municípios menores em termos populacionais.
De 2003 para 2004, o município de Macaé (RJ) entrou no ranking, ocupando a oitava posição. Sua entrada foi impulsionada pela indústria de petróleo local, que além de ter registrado alta de preço do produto no período, gerou mais riquezas com a valorização dos equipamentos ligados ao segmento.
Em compensação, Porto Alegre deixou a lista das dez maiores economias municipais e passou a ocupar o 13º lugar.
O ranking, em ordem decrescente, é composto por São Paulo, Rio, Brasília, Manaus, Belo Horizonte, Campos dos Goytacazes (RJ), Curitiba, Macaé (RJ), Guarulhos (SP) e Duque de Caxias (RJ). São Paulo respondeu por 9,09% do PIB do país, enquanto o Rio detinha 4,19%.
Já os cinco municípios com menor PIB em 2004 foram São Félix do Tocantins (TO), Santo Antônio dos Milagres (PI), São Miguel da Baixa Grande (PI), Ipueiras (TO) e Oliveira de Fátima (TO). Juntos, eles representavam somente 0,001% do PIB brasileiro.
A pesquisa, no entanto, mostra que 52,8% do PIB do país em 2004 estava fora do entorno dos centros urbanos, percentual maior ao apurado no ano anterior, de 49,4%. No Sudeste, o dinamismo econômico fora dos centros está relacionado à extração de petróleo e à agroindústria
Na região Sul, a economia fora dos centros urbanos foi puxada pelas indústrias automotiva e de fertilizantes, pelo porto de Paranaguá e ainda pela indústria têxtil do Vale do Itajaí. O dinamismo da economia nordestina está ligado aos serviços e à agropecuária.
No Norte, o destaque fora dos centros urbanos ficou para a indústria de minérios.
(Ana Paula Grabois Valor Online)
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Comentário: E a desigualdade econômica persiste, forte como o sol brasileiro.
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