Traga-me a garrafa! Lhe darei o líquido.
O que queres é mais do que podes ter. Basta a ti esperar...
Espera pelo que ainda se faz,
[pelo que se constrói com as mãos e o coração quente.
Traga-me o gole profundo do fel. Beberei; sem prazer, mas beberei.
O que queres é ter o invisível. Basta a ti fechar os olhos...
Olha tua própria face! Tens olhos de amêndoas.
Traga-me o que de melhor há. Juro permanecer em pé, imóvel.
Este é o ambiente que desejo: pessoas indo e vindo, som ao fundo, luz fraca.
Enquanto isso, minha viagem segue rumo ao infinito.
Esperando a próxima embriaguez da poesia,
[mas sempre com os pés no chão.
(Lissânder D. do Amaral)
sexta-feira, outubro 05, 2007
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Um comentário:
ou mto massa!
me lembrei de um trecho de um poema do drummond:
"Meu verso é minha consolação
Meu verso é minha cachaça. Todo mundo tem sua cachaça"
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