Tuas mãos, pesadas pelo vento,
São meus pássaros-guias.
Eu que sou assim, lento,
Vejo tuas cores e vias.
Seco e escuro som.
Pela rua sozinha, caminho.
Do silêncio que é bom,
Ouço palavras e um hino.
Tuas mãos, machucadas pelo tempo,
São meu vivo memorial;
Eu que sou em mim, esquecimento,
Lembro do início e do final.
Reto e obtuso tom.
Pela penumbra do destino,
De olhos, feito neon,
De dedos em meu desatino.
Tuas mãos, claras como o sol,
Descobrem todas as sombras;
Eu que sou em ti, girassol,
Sinto já o que me tomas.
Oh mãos que ajudam,
A trilhar-me, sem parar.
Faz-se eterna, terna no estar.
Tua tez é dos que amam,
Enquanto o desamparo continuar.
Escrevi este poema no dia 04 de outubro de 2008. Só agora resolvi publicá-lo.
4 comentários:
Oi Lissânder, tudo bem?
Vi o seu comentário no meu blog. Sim, sou paraense, mas infelizmente não conheço a minha terra natal.
Qual o seu email para conversarmos melhor?
abs
Ps.: Muito bom os seus textos.
Fernando,
Legal você ter respondido meu comentário. É uma pena que vc não conheça nossa terra. Há muito mais coisas lá do que a vã mídia diz. hehehe
Obrigado por ler os meus textos. Meu e-mail é lissanderdias@gmail.com
Abraço!
Oi Lissander, se continuar com essa inspiração toda vai dar pra publicar um livro de poesias... pensa nisso!
Andrea Trindade.
Oi Andrea!
Obrigado pelos comentários. Quem dera ter as condições de publicar um livro. Quem sabe um dia, quando eu trabalhar menos? hehehe
Abraço,
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