VI.
Viver é estar acordado
e acordar. E comer
o pão, beber a branca
alegria, deitar
com as lavas.
E no tempo ajustado
pela alma, erguer
as asas.
(...)
VII.
Os olhos voarão,
os braços e os pés
voarão.
E pela sacada
de mel, não há
alma que não voe.
E o céu coado
entorna fluvo,
uivo: em decibéis,
como um tonel,
o anel intransponível
de gaivotas.
VIII.
A roda de Deus
nos toca.
E vives
com um ramo
de amanhecer
na boca.
Trechos do poema Paiol da Aurora, de Carlos Nejar.
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
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