Hoje é minha última noite em Lima (Peru). Estou aqui desde o dia 05, participando de uma oficina sobre segurança das crianças em projetos sociais. Nestes dias conheci muitas coisas e pessoas interessantes. Conheci também um pouco mais de mim mesmo.
É muito bom viajar. Melhor ainda é perceber o exato momento em que você já nao é mais a mesma pessoa. Me dei conta que mudamos mais do que pensamos ou conseguimos captar. Cada evento, cada ato... nos toca, nos marca - consciente ou inconcientemente. Na maioria das vezes, inconcientemente.
Por isso, precisamos da poesia para vermos melhor o que nosso pragmatismo nos esconde. A surpresa da vida só é possível porque somos limitados. Por isso, nao consigo entender aonde a nossa geraçao quer chegar. Quando escolhe a auto-suficiência, ela está percorrendo o caminho errado. Será que ninguém percebe? Com o tempo, a humanidade se dará conta de que perdeu o elemento mais interessante da vida: a imprevisibilidade.
Crer em um Ser Infinito e maior do que nós, nos ajuda a entender com realismo nossa própria pequenez. Com isso, a vida se torna muito mais interessante e valiosa. E nós nos tornamos mais humildes em nossas vitórias e derrotas.
Voltando a falar de minha viagem, Lima tem uma característica que me chamou a atençao: aqui temos sempre a impressao de que vai chover, mas nunca chove. O céu é cinza, o vento é constante e a temperatura é relativamente baixa. No entanto, a chuva nao vem. Para os visitantes, pode parecer óbvio que vai cair água do céu, mas nao cai.
No entanto, ninguém perde a esperança de que um dia talvez a chuva venha.
sábado, dezembro 08, 2007
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