Dorme um Deus-Menino entre etiquetas
e lá fora explodem rolhas de champanha.
No gráfico de vendas se encapela
em ondas a maré de mercancia.
Camuflado, barbas brancas,
Papai Noel executa promissórias de crediário.
A piedade vira embrulhos
neste Natal sem manjedouras.
(...)
Luiz Coronel
sexta-feira, dezembro 23, 2005
Vida que chega...
Ante-véspera de natal. Clima gostoso, familiar. Eu, de férias em Belém.
Hoje, dois grandes amigos meus irão casar-se. Ansiedade de ambos, nervosismo, emoção. Daqui a pouco, vou tomar banho e vestir a roupa adequada para o enlace.
Dizem que é milagre sempre que nasce uma criança. Concordo. Mas também acho que é milagroso ver duas pessoas se amando de verdade e tendo coragem e certeza suficientes para se unirem para todo o sempre.
Casamento envolve compromisso, perseverança, sinceridade, fidelidade, amor diário e temor ao Senhor. O resto é moda ou estupidez.
Que o Senhor derrame sua benção sobre vocês, queridos Amiel e Ana Paula!!
Hoje, dois grandes amigos meus irão casar-se. Ansiedade de ambos, nervosismo, emoção. Daqui a pouco, vou tomar banho e vestir a roupa adequada para o enlace.
Dizem que é milagre sempre que nasce uma criança. Concordo. Mas também acho que é milagroso ver duas pessoas se amando de verdade e tendo coragem e certeza suficientes para se unirem para todo o sempre.
Casamento envolve compromisso, perseverança, sinceridade, fidelidade, amor diário e temor ao Senhor. O resto é moda ou estupidez.
Que o Senhor derrame sua benção sobre vocês, queridos Amiel e Ana Paula!!
Livro que estou lendo
Estou lendo o livro Cinzas do Norte, de Milton Hatoum. Estou gostando bastante da leitura. É uma ficção de se passa em Manaus (AM). A narrativa é agradável e criativa. Estou mergulhando no universo de Mundo, Lavo, Tio Ram, Alícia, etc... A história se passa na Manaus pós-segunda guerra mundial e trata de conflitos familiares, brigas políticas e uma boa dose de mistério.
Eu recomendo a leitura com satisfação!!!
Eu recomendo a leitura com satisfação!!!
Deus existe?
“Se Deus não existe, eu sou Deus. Se Deus existe, toda a vontade lhe pertence, e fora dessa vontade nada posso. Se ele não existe, toda vontade me pertence e devo proclamar a minha própria vontade.”
(personagem Kirilov, em "Os Demônios", de Fiodor Dostoievski)
(personagem Kirilov, em "Os Demônios", de Fiodor Dostoievski)
segunda-feira, novembro 14, 2005
Poesia "Tempo"
O tempo
tem
dono.
O tempo
tem
sono.
O tempo
faz
temporal
Na madrugada.
E a hora
já passada,
de tanto
passar
passou
da medida.
O tempo
não tem
saída.
Ana Peluso
tem
dono.
O tempo
tem
sono.
O tempo
faz
temporal
Na madrugada.
E a hora
já passada,
de tanto
passar
passou
da medida.
O tempo
não tem
saída.
Ana Peluso
Conselhos dos escritos de Eclesiastes
Aprecio muito as escritas do misterioso autor do livro de Eclesiastes. Com um realismo notável, ele nos aconselha sobre como lidar com a vida:
"Quando as nuvens ficam cheias, a chuva cai. Uma árvore pode cair em qualquer direção, mas, no lugar em que cair, aí ficará.
Quem fica esperando que o vento mude e que o tempo fique bom nunca plantará, nem colherá nada.
Deus faz todas as coisas. (...)
Semeie de manhã e também de tarde porque você não sabe se todas as sementes crescerão bem, nem se uma crescerá melhor do que a outra.
Como é agradável a luz do dia, e como é bom ver o sol!".
Ec 11.3-7
"Quando as nuvens ficam cheias, a chuva cai. Uma árvore pode cair em qualquer direção, mas, no lugar em que cair, aí ficará.
Quem fica esperando que o vento mude e que o tempo fique bom nunca plantará, nem colherá nada.
Deus faz todas as coisas. (...)
Semeie de manhã e também de tarde porque você não sabe se todas as sementes crescerão bem, nem se uma crescerá melhor do que a outra.
Como é agradável a luz do dia, e como é bom ver o sol!".
Ec 11.3-7
Férias
No dia 03 de dezembro entro de férias. Viajo para minha terrinha no dia 07 e retorno para Viçosa no dia 02 de janeiro de 2006. Estou com saudades dos amigos e da família.
Me alimento com o tempo e com a história. Os pedaços macios de saudade recheados por risos relembrados são deliciosos!
Me alimento com o tempo e com a história. Os pedaços macios de saudade recheados por risos relembrados são deliciosos!
domingo, outubro 16, 2005
O Cão de Caça do Céu
Dele fugi, noites e dias adentro;
Dele fugi, pelos arcos dos anos;
Dele fugi, pelos caminhos dos labirintos
De minha própria mente; e no meio de lágrimas
Dele me ocultei, e sob riso incessante.
Por sobre esperanças panorâmicas corri;
E lancei-me, precipitado,
Para baixo de titânicas trevas de temores abissais,
Para longe daqueles fortes Pés que seguiam, seguiam após mim.
Mas com desapressada perseguição,
E com inabalável ritmo,
Deliberada velocidade, majestosa urgência,
Eles marcavam os passos - e uma Voz insistia
Mais urgente que os Pés -
"Todas as coisas traem a ti, que traíste a Mim.
Francis Thompson, poeta.
THOMPSON, Francis. The Hound of Heaven. Burns, Oates & Washbourne Ltda, 1893. p. 9.
Dele fugi, pelos arcos dos anos;
Dele fugi, pelos caminhos dos labirintos
De minha própria mente; e no meio de lágrimas
Dele me ocultei, e sob riso incessante.
Por sobre esperanças panorâmicas corri;
E lancei-me, precipitado,
Para baixo de titânicas trevas de temores abissais,
Para longe daqueles fortes Pés que seguiam, seguiam após mim.
Mas com desapressada perseguição,
E com inabalável ritmo,
Deliberada velocidade, majestosa urgência,
Eles marcavam os passos - e uma Voz insistia
Mais urgente que os Pés -
"Todas as coisas traem a ti, que traíste a Mim.
Francis Thompson, poeta.
THOMPSON, Francis. The Hound of Heaven. Burns, Oates & Washbourne Ltda, 1893. p. 9.
sexta-feira, setembro 16, 2005
Minhas mãos estão abertas. Não consigo fechá-las. O copo cai, e eu não posso fazer nada. Sinto-me impotente.
Os sorrisos não satisfazem, o abraço parece vão. Os olhos estão abertos, mas parecem cegamente inúteis. O mundo cai sobre minha cabeça. Há de se ter salvação?
- Sim. Não esqueça: a vida não é controle; é entrega.
Os sorrisos não satisfazem, o abraço parece vão. Os olhos estão abertos, mas parecem cegamente inúteis. O mundo cai sobre minha cabeça. Há de se ter salvação?
- Sim. Não esqueça: a vida não é controle; é entrega.
Ame
"Ame toda a criação de Deus, ela inteira e cada grão de areia nela. Ame cada folha, cada raio de luz de Deus. Se amar tudo, perceberá o mistério divino nas coisas."
Fiodor Dostoiévski (Os irmãos Karamázov)
Fiodor Dostoiévski (Os irmãos Karamázov)
terça-feira, setembro 06, 2005
CICLO
O meu amor
Virou Chuva
que virou rio
que o arco-íris bebeu
O meu amor...
Firmino Freitas
Retirado do blog http://hmeron.zip.net
Virou Chuva
que virou rio
que o arco-íris bebeu
O meu amor...
Firmino Freitas
Retirado do blog http://hmeron.zip.net
sexta-feira, agosto 19, 2005
quinta-feira, agosto 18, 2005
Sigamos
No suor do dia-a-dia, encontramos a estrada. O caminho existe, mas apenas o conhecemos, caminhando.
Portanto, sigamos em frente! O horizonte se aproxima.
Portanto, sigamos em frente! O horizonte se aproxima.
sexta-feira, agosto 12, 2005
A morte de cada dia
Duas faces mortificadas. Uma de um senhor que conheci duas semanas antes de sua morte. A outra, do meu avô. É estranho. Olhos fechados, alguém que já não é mais alguém. Será meio-gente? Será massa apenas? Será objeto? É ser humano ainda? Dois caixões, duas histórias. Diferentes. Iguais. Todos morrem. Todos vivem, cada um da sua maneira. E choramos por eles. Esses dois fatídicos episódios me fizeram ter mais fé na vida. Amar ainda mais as pessoas e a Deus. O que temos parece pouco (sonhamos mais do que vivemos). Mas, na verdade, temos muito, muito mesmo. Vale a pena viver. Mesmo que isto exija de nós mais força, mais coragem, mais integridade. Sem medo da morte, porque, via de regra, ela é inevitável. |
sábado, agosto 06, 2005
Retina
A estrada que chega,
A luz que surpreende.
O asfalto que beija,
A chuva fervente.
É o que se vê.
É tido,
Corrompido,
Esculpido.
Pelos caminhos da retina,
Sou sobrevivente.
Sobrevivo ao caos dos meus próprios olhos...
Doentes.
A luz que surpreende.
O asfalto que beija,
A chuva fervente.
É o que se vê.
É tido,
Corrompido,
Esculpido.
Pelos caminhos da retina,
Sou sobrevivente.
Sobrevivo ao caos dos meus próprios olhos...
Doentes.
quinta-feira, agosto 04, 2005
Ser humano (e suas calamidades)
Há duas semanas, um amigo meu acordou com os olhos inchados. Ele foi ao médico e descobriu que estava com um tipo raro de câncer. Todos nós ficamos estupefados com a notícia. O meu amigo chama-se André e ele tem apenas 22 anos.
Um casal muito querido tentou pela terceira vez ter seu primeiro filho. Todos os bebês morreram ainda na barriga da mãe. O último faleceu esta semana. O esposo nos enviou uma carta de lamento sincera e comovente.
Como enfrentar a dor da doença? Como ser gente diante da indignidade causada por uma enfermidade repentina e grave?
Não sei. Ainda estou sofrendo com estas dúvidas. Mas não sou existencialista, nem humanista. Acredito. Tenho esperança. Olho para além do horizonte.
Como quando olhamos diretamente para os raios do sol de meio-dia, estou com a vista cansada. Porém, sei que pior do que sentir dor nos olhos, é tê-los cerrados e viver na escuridão.
Não sei porque as doenças acontecem. Mas sei que Deus não ficou inerte diante de nosso sofrimento. Ele mesmo veio ao mundo dos mortais e sofreu todas as dores para que tivéssemos esperança de que a salvação ainda existe e ela está disponível.
Salvação de quê?
Salvação das cadeias que nos prendem a nós mesmos e aos nossos desejos egoístas. Salvação da uma "vida-morte" sem sentido e distante de tudo que faz parte do Bem. Salvação da indignidade, do vício, da solidão, da imbecilidade, da alienação, da superficialidade.
Deus é a salvação de tudo que reduz nossa verdadeira humanidade.
E o que é ser realmente humano? É saber exatamente onde estou, porque estou, quem sou. A humanização nos faz ter coragem para enfrentar a realidade cruel e concreta do dia-a-dia. Porque não há melhor opção senão enfrentá-la.
Um casal muito querido tentou pela terceira vez ter seu primeiro filho. Todos os bebês morreram ainda na barriga da mãe. O último faleceu esta semana. O esposo nos enviou uma carta de lamento sincera e comovente.
Como enfrentar a dor da doença? Como ser gente diante da indignidade causada por uma enfermidade repentina e grave?
Não sei. Ainda estou sofrendo com estas dúvidas. Mas não sou existencialista, nem humanista. Acredito. Tenho esperança. Olho para além do horizonte.
Como quando olhamos diretamente para os raios do sol de meio-dia, estou com a vista cansada. Porém, sei que pior do que sentir dor nos olhos, é tê-los cerrados e viver na escuridão.
Não sei porque as doenças acontecem. Mas sei que Deus não ficou inerte diante de nosso sofrimento. Ele mesmo veio ao mundo dos mortais e sofreu todas as dores para que tivéssemos esperança de que a salvação ainda existe e ela está disponível.
Salvação de quê?
Salvação das cadeias que nos prendem a nós mesmos e aos nossos desejos egoístas. Salvação da uma "vida-morte" sem sentido e distante de tudo que faz parte do Bem. Salvação da indignidade, do vício, da solidão, da imbecilidade, da alienação, da superficialidade.
Deus é a salvação de tudo que reduz nossa verdadeira humanidade.
E o que é ser realmente humano? É saber exatamente onde estou, porque estou, quem sou. A humanização nos faz ter coragem para enfrentar a realidade cruel e concreta do dia-a-dia. Porque não há melhor opção senão enfrentá-la.
sábado, julho 30, 2005
O que nos resta?
Sábado, sol forte, certezas firmes.
Não me intimidarei com as forças contrárias.
É preciso desconstruir para construir. Morrer para finalmente viver. Sair para entrar. Perceber-se só para encontrar a Presença.
Mais um dia, mais um mês chega. E o que nos resta?
Acreditar na plenitude que virá, na força que toma conta de nós, na utopia que se realiza no tempo real, concreto e magnífico.
Que venha o domingo, então!
Não me intimidarei com as forças contrárias.
É preciso desconstruir para construir. Morrer para finalmente viver. Sair para entrar. Perceber-se só para encontrar a Presença.
Mais um dia, mais um mês chega. E o que nos resta?
Acreditar na plenitude que virá, na força que toma conta de nós, na utopia que se realiza no tempo real, concreto e magnífico.
Que venha o domingo, então!
sexta-feira, julho 22, 2005
Seco Pranto
Sendo eu dor firme,
Ouço o vento, gritando
Ao luar.
Palmeiras vindo,
Ao encontro de ti eu iria.
Tempestade em mim,
A ti saber, calmaria.
Sofrimento lânguido.
Tua sombra se apagando,
Que apaga meu olhar,
Meu coração, meu pranto.
Seco pranto.
Lissânder Dias (escrita em 19 de novembro de 2000)
Ouço o vento, gritando
Ao luar.
Palmeiras vindo,
Ao encontro de ti eu iria.
Tempestade em mim,
A ti saber, calmaria.
Sofrimento lânguido.
Tua sombra se apagando,
Que apaga meu olhar,
Meu coração, meu pranto.
Seco pranto.
Lissânder Dias (escrita em 19 de novembro de 2000)
Semanas e Domingos
A água conversava
Na mão de surdos limos.
E depois se alongava,
Casada com os jacintos.
Não há dentro da alma
Semanas e domingos,
Que não possamos, calmos,
Fruir. Sou rio contigo.
Carlos Nejar
Na mão de surdos limos.
E depois se alongava,
Casada com os jacintos.
Não há dentro da alma
Semanas e domingos,
Que não possamos, calmos,
Fruir. Sou rio contigo.
Carlos Nejar
A Morte da Morte
Morte:
Mórbida irreplicável, inevitável fato;
Teu silêncio paralisa tudo, recalcitra a vida;
Muda, és angustiante; imobilidade profunda.
Quando vens, a dor parece interminável;
Tu alcanças a profundeza do ser humano:
A vontade de permanecer.
És sarcástica, traiçoeira quando queres;
Vens de surpresa e dominas todos;
Escárnio do mal contra o homem.
Mas não és invencível; na verdade, és perdedora.
Tentaste ir além do que podias;
Tentaste vencer o Autor da vida.
Não conseguiste.
Ele conheceu a ti, sentiu a dor com a qual castigas a humanidade;
Viveu teu silêncio e ouviu teu escárnio.
Tua força o fez fraco, mas não para sempre.
Teu tempo não o aprisionou;
Tua alegria durou somente três dias - nada mais!
Alguém voltou a respirar.
E teu silêncio foi quebrado;
Não por um grito estridente, mas por um suspiro divino.
Ele abriu os olhos, por força própria.
Tu? Não tinhas mais força alguma.
Levantou-se;
Tu? Imóvel em tua insignificância.
Foi-se do sepulcro - a prisão que deste a ele.
Tu? Agora estás aprisionada pela vida.
Ele, venceu a ti. E reviveu.
Tu, ó morte? Agora é quem estás morta.
Inerte ao teu próprio silêncio.
Lissânder Dias
Mórbida irreplicável, inevitável fato;
Teu silêncio paralisa tudo, recalcitra a vida;
Muda, és angustiante; imobilidade profunda.
Quando vens, a dor parece interminável;
Tu alcanças a profundeza do ser humano:
A vontade de permanecer.
És sarcástica, traiçoeira quando queres;
Vens de surpresa e dominas todos;
Escárnio do mal contra o homem.
Mas não és invencível; na verdade, és perdedora.
Tentaste ir além do que podias;
Tentaste vencer o Autor da vida.
Não conseguiste.
Ele conheceu a ti, sentiu a dor com a qual castigas a humanidade;
Viveu teu silêncio e ouviu teu escárnio.
Tua força o fez fraco, mas não para sempre.
Teu tempo não o aprisionou;
Tua alegria durou somente três dias - nada mais!
Alguém voltou a respirar.
E teu silêncio foi quebrado;
Não por um grito estridente, mas por um suspiro divino.
Ele abriu os olhos, por força própria.
Tu? Não tinhas mais força alguma.
Levantou-se;
Tu? Imóvel em tua insignificância.
Foi-se do sepulcro - a prisão que deste a ele.
Tu? Agora estás aprisionada pela vida.
Ele, venceu a ti. E reviveu.
Tu, ó morte? Agora é quem estás morta.
Inerte ao teu próprio silêncio.
Lissânder Dias
Entende o que quero dizer?
"Todas as coisas se mantém unidas pela relação, imagem com imagem, movimento com movimento. Sem isso, não haveria relação e, portanto, não existiria verdade. Cabe a nós - especialmente a você e a mim - assumir o poder da relação. Entende o que quero dizer?"
Henry Lee (citado por Eugene Peterson, no livro "Trovão Inverso", p 21).
Henry Lee (citado por Eugene Peterson, no livro "Trovão Inverso", p 21).
segunda-feira, julho 18, 2005
Correr Atrás do Vento
O tempo corre, o mundo passa
Um sonho vinga, outro sonho jaz
O vento dita a velocidade
Mesmo cansado, eu sigo atrás
Não somos filhos do louco tempo
Nós somos filhos da Eterna Paz
Correr a vida é muito pouco
Sem pressa, o mundo é muito mais
Arar a terra com lindos sonhos
Prenhar o chão, plantar ideais
Sem Cristo, a vida com o tempo seca
Sem verde, a vida é correr atrás.
Carlinhos Veiga (Album "Menino", 1999)
Um sonho vinga, outro sonho jaz
O vento dita a velocidade
Mesmo cansado, eu sigo atrás
Não somos filhos do louco tempo
Nós somos filhos da Eterna Paz
Correr a vida é muito pouco
Sem pressa, o mundo é muito mais
Arar a terra com lindos sonhos
Prenhar o chão, plantar ideais
Sem Cristo, a vida com o tempo seca
Sem verde, a vida é correr atrás.
Carlinhos Veiga (Album "Menino", 1999)
segunda-feira, julho 11, 2005
domingo, julho 10, 2005
Quero continuar
Frio, domingo estranho. Quimeras pertubam-me. As vozes são diversas, e gritam.
Quem aplacará a fúria da realidade?
De onde vem o socorro?
É difícil acreditar. As mentiras são tantas, as máscaras são coloridas e o prazer parece realmente deus.
Mas digo que quero c0ntinuar. Não quero me convencer de que a mediocridade é a solução. Quero coragem para enfrentar o mal (o de dentro e o de fora).
Quero esperança para "continuar andando na verdade".
Quero fé para continuar acreditando que minha caminhada não é em vão.
Quero Tu, ó Pai. Somente Tu.
Porque sem Ti, ó Senhor, não passo de um pecador.
Quem aplacará a fúria da realidade?
De onde vem o socorro?
É difícil acreditar. As mentiras são tantas, as máscaras são coloridas e o prazer parece realmente deus.
Mas digo que quero c0ntinuar. Não quero me convencer de que a mediocridade é a solução. Quero coragem para enfrentar o mal (o de dentro e o de fora).
Quero esperança para "continuar andando na verdade".
Quero fé para continuar acreditando que minha caminhada não é em vão.
Quero Tu, ó Pai. Somente Tu.
Porque sem Ti, ó Senhor, não passo de um pecador.
Um pequeno desabafo
A sociedade atual é movida pelo dinheiro, não pela Verdade. Ninguém quer andar. Somos todos preguiçosos, não queremos nos esforçar. Queremos sim o caminho mais fácil, que exija menos da nossa medíocre identidade.O que devemos fazer? Apenas observar com a indiferença costumeira? O que nos impede de começar a viver? O que nos impede de continuar? Por que não somos apaixonados pela Verdade? Por que preferimos acreditar na ilusão, na utopia e nas máscaras que nos cercam?
É preciso tomar posição. Queremos continuar andando na verdade. Queremos ser fiéis.
Verdade: sentido de todas as coisas, realidade nua e crua, código e compreensão de como a vida funciona e de qual é o seu verdadeiro rosto. É encontrar-se com a Origem, com o Criador, com o Alfa, com a Fonte da Vida.
É preciso tomar posição. Queremos continuar andando na verdade. Queremos ser fiéis.
Verdade: sentido de todas as coisas, realidade nua e crua, código e compreensão de como a vida funciona e de qual é o seu verdadeiro rosto. É encontrar-se com a Origem, com o Criador, com o Alfa, com a Fonte da Vida.
Marcadores:
humanidade
Espera
"Um velho pecador é um temível e assustador espetáculo”. W. Tozer
Friagem, o mar obscuro da solidão
Guarda-se e, adormecido, fingi-se mar;
Pela poeira da estrada, segue-me o coração,
A esperar por um gesto, sorriso, olhar.
Porém, sozinho, não sou um só.
Aguardo-me sê-lo, sem tristeza,
Pela pureza perseguida, pela beleza;
Por sentir o medo dos raios de sol.
Coração meu, não espere por nada!
Meu universo ainda está confuso.
Das pedras que me maltratam, risadas;
Do futuro que me espera, absurdo.
De todos que me esperam, tu és o mais fiel;
De todas as minhas lágrimas, espero a redenção,
Mesmo que da espera, infindável réu,
Venha poesia, insônia, solidão.
De todos que me suportam, tu és o mais paciente,
Porque parece que me conheces há tempos;
E na confusão do que sou, vou ou dou,
Não esperas nada de mim, a não ser que eu espere em ti.
07, setembro, 2004.
Friagem, o mar obscuro da solidão
Guarda-se e, adormecido, fingi-se mar;
Pela poeira da estrada, segue-me o coração,
A esperar por um gesto, sorriso, olhar.
Porém, sozinho, não sou um só.
Aguardo-me sê-lo, sem tristeza,
Pela pureza perseguida, pela beleza;
Por sentir o medo dos raios de sol.
Coração meu, não espere por nada!
Meu universo ainda está confuso.
Das pedras que me maltratam, risadas;
Do futuro que me espera, absurdo.
De todos que me esperam, tu és o mais fiel;
De todas as minhas lágrimas, espero a redenção,
Mesmo que da espera, infindável réu,
Venha poesia, insônia, solidão.
De todos que me suportam, tu és o mais paciente,
Porque parece que me conheces há tempos;
E na confusão do que sou, vou ou dou,
Não esperas nada de mim, a não ser que eu espere em ti.
07, setembro, 2004.
quarta-feira, julho 06, 2005
Vale a pena ser forte?
Estou meditando sobre o conceito de "forte". Por que todos queremos ser fortes? Por que não descobrimos a beleza na fraqueza? Os fortes são mais verdadeiros que os fracos?
Sei que parece loucura falar disso em um mundo capitalista, onde a lógica é a supremacia dos fortes sobre os fracos. Assim funciona a engrenagem do sistema atual.
Mas quero pensar se vale a pena mostrar-se forte, se este é o caminho certo para a redescoberta da humanização.
É interessante pensar que nossa visão metafísica também é influenciada por esta "lógica". Em nossas mentes o raciocínio certo é: "Deus é forte e, portanto, só os fortes o merecem, apenas os perfeitos podem alcançá-lo".
Quero dizer em alto e bom som que o Deus verdadeiro amou (e ama) os fracos, porque todos são fracos. O Deus verdadeiro se fez fraco para transformar a fraqueza humana em força. O Deus verdadeiro, na pessoa de Cristo, é a divindade aproximada, sofredora, desarmada, mas que em momento algum perdeu sua soberania e poder. E através desse despojamento, Deus revelou que o caminho está livre para os fracos, os problemáticos, os inseguros, os covardes, os incompetentes, os confusos, os viciados, os fracassados ...
Convido todos nós para tirarmos nossas máscaras de fortes e mostrarmos nossas verdadeiras faces. Talvez, assim, descubramos quem realmente somos.
Um abraço!
Sei que parece loucura falar disso em um mundo capitalista, onde a lógica é a supremacia dos fortes sobre os fracos. Assim funciona a engrenagem do sistema atual.
Mas quero pensar se vale a pena mostrar-se forte, se este é o caminho certo para a redescoberta da humanização.
É interessante pensar que nossa visão metafísica também é influenciada por esta "lógica". Em nossas mentes o raciocínio certo é: "Deus é forte e, portanto, só os fortes o merecem, apenas os perfeitos podem alcançá-lo".
Quero dizer em alto e bom som que o Deus verdadeiro amou (e ama) os fracos, porque todos são fracos. O Deus verdadeiro se fez fraco para transformar a fraqueza humana em força. O Deus verdadeiro, na pessoa de Cristo, é a divindade aproximada, sofredora, desarmada, mas que em momento algum perdeu sua soberania e poder. E através desse despojamento, Deus revelou que o caminho está livre para os fracos, os problemáticos, os inseguros, os covardes, os incompetentes, os confusos, os viciados, os fracassados ...
Convido todos nós para tirarmos nossas máscaras de fortes e mostrarmos nossas verdadeiras faces. Talvez, assim, descubramos quem realmente somos.
Um abraço!
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sábado, julho 02, 2005
Beleza e Verdade
"A thing of beaty is a joy forever. Truth is Beauty and Beauty is Truth ":
"Tudo que é belo é uma alegria para sempre. A Verdade é a Beleza e a Beleza é a Verdade".
Keats, poeta inglês.
"Tudo que é belo é uma alegria para sempre. A Verdade é a Beleza e a Beleza é a Verdade".
Keats, poeta inglês.
quinta-feira, junho 30, 2005
Metanóia
Olhos lacrimejantes, sol nascendo, vindo, indo...
Nuvens escuras, vem chuva, águas de salvação.
O menino corre engolindo os pingos, feliz da vida!
E os telhados choram, a vida chora.
Bocas secas, lua cheia, aproximando-se, chegando...
A força da luz, mais que a angústia, que a ilusão.
Como a própria esperança, o próximo caminho
É real... até a lua desnudar-se, dar-se a mim.
Ouvidos surdos. O som das flores abrindo-se é insignificante.
Como sentir o mundo então? Sem música, não há sentimentos.
É primavera. Eu... espero renascer, à espera da sintonia perfeita, magra.
Ninguém menospreze um sem-coragem. Ele vive, ele muda.
Enquanto há sol, enquanto chove e a lua cheia dança com a primavera
Há metamorfoses, há metanóia, há estações, há quatro vidas. Mas um silêncio antes.
27-12-04
Nuvens escuras, vem chuva, águas de salvação.
O menino corre engolindo os pingos, feliz da vida!
E os telhados choram, a vida chora.
Bocas secas, lua cheia, aproximando-se, chegando...
A força da luz, mais que a angústia, que a ilusão.
Como a própria esperança, o próximo caminho
É real... até a lua desnudar-se, dar-se a mim.
Ouvidos surdos. O som das flores abrindo-se é insignificante.
Como sentir o mundo então? Sem música, não há sentimentos.
É primavera. Eu... espero renascer, à espera da sintonia perfeita, magra.
Ninguém menospreze um sem-coragem. Ele vive, ele muda.
Enquanto há sol, enquanto chove e a lua cheia dança com a primavera
Há metamorfoses, há metanóia, há estações, há quatro vidas. Mas um silêncio antes.
27-12-04
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Loucura Urbana
"O cheio-vazio é a contradição que, imposta à nossa vista e à nossa consciência a todo momento, convida a enlouquecer. A intimidade como nunca admitida - nas praias, por exemplo - e a distância como nunca afirmada: todos os contatos e nenhum contato real; um calor intenso e ao mesmo tempo a presença do frio: o afeto suprimido."
Luciano Zajdsznajder
Luciano Zajdsznajder
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segunda-feira, junho 27, 2005
Inicio hoje meu mestrado
Daqui a dez minutos, voltarei a sentar em uma carteira de sala de aula. Depois de dois anos parado, iniciarei o curso de mestrado em missiologia na escola do Centro Evangélicos de Missões. É uma nova fase; que seja uma abençoada fase. Estou bem animado.
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena". Fernando Pessoa
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena". Fernando Pessoa
domingo, junho 26, 2005
Domingo. E eu lendo Dostoiévski...
"Será possível que eu seja apenas uma criança? Será que não compreendo que sou um homem perdido? Mas... por que não poderei então ressuscitar? Sim! Bastará, uma vez em minha vida, ser prudente, paciente e... só isso! Bastaria, só uma vez, ter caráter e, em uma hora, posso mudar inteiramente meu destino. O essencial é o caráter."
O Jogador, página 237 (Fiódor Dostoiévski).
O Jogador, página 237 (Fiódor Dostoiévski).
quinta-feira, junho 23, 2005
Caminheiro
E quando, em passos de lua, sigo,
Tamanha alegria a soar;
Entre lágrimas do distante estar contigo,
Sai o riso comigo a cantar.
Perfilando estas estradas de terra,
O caminheiro sucede a pensar:
- Quanto de mim ainda é preciso
Para este vasto mundo atravessar?
Muito mais, muito mais.
- É preciso entregar-se, chorar?
Quanto de minhas lágrimas o céu satisfaz?
Muito mais, meu caro, muito mais;
Mais ainda a amar.
Escrita em 26 de junho de 2003.
Marcadores:
poesia
Que sejamos bem-vindos!
Finalmente, criei um blog para mim. Relutei em fazê-lo devido a falta de tempo que tenho para acessar a internet. Mas, meio que por acaso, visitei o blog da ABU/Missão 2006 e, de repente, fiquei interessado em criar o meu espaço (que necessariamente deve ser de todos também).
Por isso, cá estou: querendo escrever o que penso, o que sinto e o que sonho.
Espero que tudo isso seja muito divertido e edificante.
Sejamos todos bem-vindos!
Um abraço!
Por isso, cá estou: querendo escrever o que penso, o que sinto e o que sonho.
Espero que tudo isso seja muito divertido e edificante.
Sejamos todos bem-vindos!
Um abraço!
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